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Natal de Cristo

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Em quase todo o mundo centenas de milhões de cristãos preparam-se para celebrar, no corrente mês, o nascimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Verbo de Deus, o qual “se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.”(1)

Não obstante ignorar-se a data do Seu nascimento, comemoramos o magno evento com um misto de reverência, gratidão e júbilo, pois se não houvesse Natal o ser humano perder-se-ia para sempre.

Festejar condignamente o Natal é uma bênção e inspiração para todos quantos nasceram do Espírito(2) ao tornarem-se filhos de Deus pela fé em Cristo(3). Viver diariamente o Natal de Jesus, nos nossos corações, conforta-nos, alegra-nos, torna-nos felizes.

Para muitos – triste é dizê-lo – o Natal não passa de uma boa oportunidade para se fazer negócio ou participar em festins. Filantropia de fachada, armistícios de conveniência política, religiosidade formal… eis no que se transformou, em não poucos indivíduos, essa maravilhosa realidade que é a natividade de Jesus.

Escrevemos na década de 60 do século passado, ainda jovem, uns simples versos intitulados Natal e natais. Transcrevêmo-los aqui.

“Dar bodo aos pobrezinhos/ e enxovais pra bercinhos/ procurando ser bonzinhos:/ É natal filantrópico.// Silenciar o canhão/ em tréguas de ocasião/ chamando ao imigo 'irmão':/ Isto é natal político.// Participar em festanças,/ em banquetes e em danças;/ trocar cartões e lembranças:/ Eis o natal social.// As montras iluminar/ e as ruas engalanar/ pra mil coisas traficar:/ É natal comercial.// O velho presepe armar,/ na missa-do-galo estar/ pra ladainhas cantar:/ É natal religioso.// O Natal espiritual, não é nada de formal,/ nada de convencional;/ é Cristo Jesus nascer/ no imo do nosso ser,/ e n'Ele sempre viver!”

Já agora reproduzimos também parte do artigo que publicámos em Editorial na nossa revista de Dezembro de 1973. Sentido de Natal foi o título dado ao mesmo. Finalizamos, assim, o habitual texto de Abertura.

Natal – o Natal de Jesus Cristo – é sempre uma expressão doce, querida, desejada. É uma palavra que, qual flor odorífera, exala o suave e agradável aroma do amor, da paz, da esperança, da salvação.

Nesta quadra do ano, o crente sensível à graça divina recorda, com um frémito de emoção, a natividade de Jesus, o Redentor do mundo e nosso eterno Rei e Senhor. De facto, o acontecimento é de tamanha importância para o género humano, que seria impossível olvidá-lo.

Celebra-se, no mundo, o nascimento de guerreiros e políticos, de historiadores e poetas, de filósofos e cientistas, de escultores e pintores…, com mais forte razão deveria lembrar-se, de modo muito especial, a vinda à Terra do Salvador da humanidade.

Natal é para nós, seguidores de Jesus, uma palavra reconfortante, um vocábulo portador du'a mensagem de esperança e certeza. Por entre o negrume das trevas do materialismo e do pecado que domina os povos, refulge intensamente esta luz multissecular – Natal.

Natal é um farol que nos indica – viajores do encapelado mar da vida – o rumo certo para a felicidade temporal e eterna. Natal é sinónimo de segurança, de refúgio, de estabilidade absoluta em Cristo. Natal é outrossim um convite à paz, à concórdia, à fraternidade.

Natal fala-nos eloquentemente de amor. Se não fora Deus amar-nos, Cristo Jesus jamais viria a este Planeta, por consequência o Natal do Messias prometido não seria hoje um glorioso facto.

O Criador amou-nos antes da fundação do mundo quando concebia o plano da salvação; amou-nos durante as dispensações subsequentes, preparando o caminho do nosso Redentor; amou-nos em Belém e no Calvário; amou-nos aquando da ressurreição de Jesus. Ama-nos ainda hoje!

Praza a Deus que as pessoas de boa fé, de boa vontade, que porventura se encontrem transviadas, alienadas do Criador, dêem crédito à mensagem que o Natal de Jesus encerra e proclama!

Autor: Fernando Martinez
Fonte: Estudos Gospel