‘Museu do Holocausto’, este é o nome do novo espaço criado pela comunidade jadaica em Curitiba para preservar a memória das vítimas semitas mortas pelos nazistas no período da Segunda Guerra Mundial.
Um museu semelhante a esse já existe em Buenos Aires, Montreau, Polônia, Autrália, Bélgica, Holanda, África do Sul, Inglaterra, Rússia, entre outros, espalhados pelos EUA.
“A iniciativa, procura trazer à luz um dos períodos mais tristes do século XX”, diz o presidente da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov, Miguel Krigsner e ainda afirma que o museu não vai “atacar nenhuma etnia, não tem nenhum intuito político, mas levar à reflexão sobre o momento atual, sobre a intolerância e a violência, que existem e atualmente vêm à tona especialmente sobre negros e homossexuais”.
A escolha pela capital paranaense é devido ao fato de existir um número expressivo de judeus e descendentes europeus na cidade e no estado.
Krigsner abordou que ainda existem manifestações que procuram relativizar a importância do holocausto e em alguns casos, ignorar que ele tenha existido. “Começam a surgir notícias de que o holocausto não existiu. De que é uma mentira judaica. Grande parte da família de meu pai desapareceu na Polônia. Onde ela foi parar? Foi abduzida do planeta?”,questiona o presidente da Associação.
Para Denise Hasbani, cientista política, pós-graduada em Língua e Cultura Judaica pela Faculdade Renascença e mestre em Língua e Cultura Judaica pela USP, o museu terá como função, a de contribuir para o aprendizado. “Queremos que as pessoas vejam, aprendam e saiam de lá melhores como seres humanos. O passado não muda mais . O holocausto aconteceu. Está muito bem documentado. Eles dizem que não aconteceu, então que provem. O que não queremos é que nada semelhante a isso aconteça com ninguém no futuro”, diz ela.
O museu será inaugurado neste domingo, mas estará aberto às visitas somente a partir de 12 de fevereiro de 2012 que serão sempre agendadas pelo site ou por telefone, com 24 horas de antecedência, no mínimo em horários especiais.
